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Arquivos da Junta Comercial

Os arquivos da Junta Comercial guardam os atos mais importantes da história das empresas gaúchas. Encontramos neles, por exemplo, o registro de criação de empresas tradicionais e, em muitos casos, centenárias, como a Companhia de Carruagens Porto Alegretense, de 1872, antecessora da Companhia Carris Porto Alegrense, a firma Oderich, criada em 1891, a Eberle, de 1917, a Varig e o Banrisul, de 1927, a Livraria do Globo, de 1949, em cujos documentos figura Érico Veríssimo como conselheiro. No entanto, é preciso reconhecer que esses arquivos são ainda uma fonte praticamente inexplorada da história econômica do Rio Grande do Sul. Isto se deve, em grande parte, ao fato que as informações nele contidas não terem sido ainda processadas. Estima-se que existam aproximadamente um milhão e quatrocentos mil dossiês de firmas registradas durante os cento e vinte anos de história da Junta Comercial.
A título de exemplo, mencionamos o caso de contrato de constituição de empresas, em geral charqueadoras, que registravam escravos na capital. Na empresa Azambuja & Cia de 1878, lê-se em seu processo que o escravo Luís valia um conto e duzentos mil réis. Consta ainda que, no caso de dissolução da empresa, o sócio que entrou com o escravo poderia tê-lo de volta pelo mesmo valor, caso o mesmo não apresentasse problemas físicos. Além dos dossiês individualizados de cada empresa, possui a Junta Comercial um volumoso fichário de aproximadamente setecentas mil fichas, onde são transcritos os principais dados contidos nos dossiês. O fichário, embora incompleto, facilita a pesquisa de informações sobre a história das empresas, pois, além de separar o arquivo morto, contendo as empresas extintas, está organizado em ordem alfabética.
Cabe registrar que um melhor aproveitamento deste volumoso e variado acervo histórico só será possível após o processamento de suas informações. Este trabalho, aliás, já foi iniciado com a montagem de um banco de dados.

Livro de Registro de Patentes

Desde seu início, de 1877 até 1924, a Junta Comercial registrava as marcas de novos produtos. Esses registros, em geral acompanhados de rótulos coloridos de produtos variados, estão contidos em inúmeros livros, os quais, por motivo de segurança, foram recolhidos ao Museu Júlio de Castilhos. A análise desse livro permite observar a qualidade da indústria gráfica da época, estampada em belos rótulos de produtos e também traçar um perfil do desenvolvimento econômico de nosso Estado, através de informações como o registro dessas marcas e patentes.

Cartas de Navegação

Este documento autorizava os navios a navegar, aportar em águas e portos brasileiros e receber ajuda, quando ela se fizer necessária. Constam ainda a descrição das embarcações, em geral de madeira estrangeira, suas dimensões, proprietários, etc.

O Registro da Primeira Sociedade Por Quotas

A Junta guarda em seus arquivos o contrato original da primeira Sociedade por Quotas criada no Brasil, a qual se efetivou na cidade de Pelotas, em 06 de fevereiro de 1919.

A Junta Comercial na Imprensa Local

É constante, ao longo dos anos, a divulgação de relatórios e de outras notícias sobre as atividades da Junta na imprensa local, como se pode constatar a partir da transcrição de muitas destas notícias nas próprias atas dos órgãos de registro. Em geral, a divulgação de tais fatos procura destacar o volume e a qualidade dos trabalhos da Junta, servindo como uma poderosa fonte de informações à imprensa local.

Junta Comercial, Industrial e Serviços do Rio Grande do Sul