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Especialistas apontam cenário econômico para 2023 durante evento em Farroupilha

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Foto: Wagner Lacerda
Foto: Wagner Lacerda

 A VI Jornada de Interiorização, promovida pela JucisRS (Junta Comercial, Industrial e Serviços do Rio Grande do Sul), que acontece em Farroupilha desde quinta-feira, dia 01, reuniu economistas e professores em um painel para apontar as perspectivas econômicas para o ano que vem. O evento envolve profissionais de diversas áreas e órgãos com o objetivo de promover aproximação e troca de ideias para desburocratização e desenvolvimento do ambiente de negócios. 

O economista chefe do CDL Porto Alegre, Oscar Andre Frank, sinalizou que o cenário macroeconômico aponta uma desaceleração global com elevação dos juros e aumento dos riscos geopolíticos pelo mundo que, segundo ele, inevitavelmente, terão impactos no Brasil. “Não teremos o mesmo desempenho de 2022. A Guerra da Ucrânia, problemas com insumos e, em nível local, a pressão sobre a despesas da União para 2023 e a elevação dos juros, farão com o que o mundo e o nosso país cresçam menos”, antecipa. Outro impacto negativo apontado por ele é o comprometimento da renda mensal das famílias, que hoje representa 60% do PIB. “Há uma taxa alta de endividamento das famílias, que somada a um cenário de juros altos, vai trazer mais riscos”. Por outro lado, há uma tendência positiva para o agronegócio por conta do forte desempenho esperado pela safra de grãos prevista com uma alta de 12,1% em produtividade.

No panorama industrial, o economista da Fiergs, Giovane Baggio explica que as reformas microeconômicas como as reformas trabalhistas e mercado de gás, por exemplo, podem ajudar a transformar o ambiente de negócios. O especialista informou que a volta da fabricação de veículos no Estado, o aquecimento setor de máquinas e equipamentos e o aquecimento do mercado de trabalho são fatores que podem trazer um cenário mais favorável. “A taxa de investimento para o ano que vem em patamar elevado de 19,6% do PIB devem ajudar no bom desempenho”, comenta. Além disso, segundo ele, investimentos já contratados por meio de privatizações são muito positivos para uma melhor performance da economia. Mas, a projeção de crescimento não deve passar de 1% para o Brasil. 

No setor do comércio e serviços, o cenário é de desaquecimento. O otimismo de fim de ano dos empresários com Natal, Copa do Mundo e Black Friday ainda não atingiu as expectativas e, de acordo com a economista Giovana Menegotto, isso se deve a insegurança das famílias com relação ao consumo.

Em nível local, o professor Dr Mosar Leandro Ness, falou sobre a economia da Serra Gaúcha, apontando um cenário mais positivo, com a previsão de uma taxa de crescimento de 5,5% para 2023 em Caxias do Sul, de acordo com dados da Câmara da Indústria e Comércio, e do CDL de Caxias do Sul. “Os dados mostram que estamos conseguindo sair da turbulência trazida pela pandemia”, comenta. Além disso, segundo ele, o município tem boas perspectivas no setor agro e em infraestrutura com a concessão de rodovias e o novo aeroporto, que devem alavancar ainda mais a economia regional.

Junta Comercial, Industrial e Serviços do Rio Grande do Sul